CITOLOGIA

O exame citológico compreende a análise de células para a sua classificação.

O exame pode ser realizado a partir de qualquer amostra retirada do organismo do animal que contenha as células ou micro-organismos de interesse. Podemos por e exemplo, buscar células tumorais numa amostra de líquido retirada de uma cavidade (abdome, por exemplo) ou identificar fungos que estejam crescendo nos ouvidos.

A citologia é uma importante ferramenta para o clinico e pode ser um passo fundamental, principalmente no diagnostico de estruturas que sugiram neoplasias (tumores).

As neoplasias podem ser benignas ou malignas, dependendo da forma como crescem no organismo. As neoplasias benignas são àquelas que têm crescimento local, ou seja, não se espalham pelo corpo chegando a órgãos distantes. São muito comuns principalmente na pele de animaizinhos e também de seres humanos. As neoplasias malignas, são aquelas que têm crescimento mais agressivo e podem se instalar em órgãos distantes do seu local de origem, como alguns tumores de pele que conseguem chegar aos pulmões e outros órgãos. Normalmente, os órgãos mais afetados são àqueles que recebem mais intenso aporte sanguíneo, como pulmões, fígado, baço e outros.

Este é o papel do exame citológico ou também chamado citopatológico, identificar as células presentes num tumor e dizer se elas têm características de crescimento benigno ou maligno.

A partir desta primeira analise, o julgamento do Médico Veterinário permite que ele conduza o animal para um tratamento mais invasivo, como cirurgia, ou mais conservador, como o uso de um produto tópico.

Muitas das vezes, esses tumores são profundos e encontram-se em órgãos como fígado, baço, rins, e da mesma forma, a citologia pode nortear a melhor conduta, fazendo uma análise preliminar e definindo o comportamento, o tipo de crescimento daquele tumor.

Nestes casos em que se precisa colher material em órgãos profundos, o exame ultrassonográfico pode orientar a coleta, conferindo segurança e aumentando as margens de sucesso do exame. Pode-se afirmar que em alguns casos, o exame ultrassonográfico, é indispensável para a realização do exame citológico.

Para realização do exame citológico, normalmente é utilizada uma agulha que uma vez introduzida no tumor, colhe material para visualização à luz do microscópio. Há vezes em que os tumores estão ulcerados, apresentam-se como uma ferida e nestes casos, o Médico Veterinário pode considerar a possibilidade de colher algumas células tão somente tocando uma fina lamina de vidro na ferida e levando-a para exame ao microscópio.

Mas há ainda outras aplicações para o exame citológico. Esta técnica permite também identificar o momento do ciclo reprodutivo da fêmea aumentando as chances de emprenhar.

De fato, não é tarefa simples a dos profissionais que atuam nesta área. Seus laudos podem salvar as vidas de muitos animais a partir do momento que orientam o clínico na melhor conduta.

Cabe lembrar que este exame pode sofrer influência de inúmeros fatores como: presença de sangue na amostra, presença de outras células que confundam a análise, quantidade insuficiente de células que permitam afirmar a natureza do tumor que está sendo estudado e outros.

HORMONAIS

Exames hormonais mais frequentemente solicitados:

Hiperadrenocorticismo em cães (também chamada de síndrome de Cushing), é raro em gatos – Cortisol – teste de supressão por baixa dose de dexametasona (para diagnóstico)

Cortisol – teste de estimulação pelo ACTH (para diagnóstico e para acompanhamento)

-Hipotireoidismo em cães – TSH, T4 TOTAL e T4 LIVRE PÓS DIÁLISE (para diagnóstico em cães), o TOTAL nos ajuda a diferenciar do eutireoidismo doente. T4 TOTAL BASAL E T4 TOTAL pós hormônio (para acompanhamento)

Hipertireoidismo em gatos – T4 TOTAL (para diagnóstico e acompanhamento) em caso de dúvida solicitar o T4 LIVRE PÓS DIÁLISE, temos também a ultrassonografia para auxiliar no diagnóstico.

HISTOPATOLÓGICOS

DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLÓGICO

O termo patologia é utilizado para definir o estudo das doenças, com ênfase nas alterações morfológicas e funcionais das células, tecidos e órgãos. É a partir do conhecimento das doenças que são aplicadas as variadas formas de tratamento, controle e profilaxia.

 A obtenção de um diagnóstico correto que responda adequadamente às necessidades na prática clínica diária, capaz de interpretar e justificar os sintomas observados, constitui um dos maiores objetivos do serviço de Anatomia Patológica. Tem a finalidade de informar ao clínico a natureza, a gravidade, a extensão, a evolução e a intensidade das lesões, além de sugerir ou até mesmo confirmar a causa da afecção.

Gastrite associada a presença de Helicobacter spp

 Através do diagnóstico histopatológico identificam-se agentes parasitários, bacterianos e fúngicos, assim como doenças de origem alérgica, autoimune, hormonal, neoplásica, entre outras. A adequada e rápida emissão de um diagnóstico anatomopatológico pode ser determinante para a orientação da terapêutica mais apropriada e ser fundamental ao contribuir para o tempo de sobrevida do animal.

Dermatofitose

 O diagnóstico pode ainda ter importância em saúde pública, visto que algumas das enfermidades dos animais podem ser zoonoses, como sarnas e micoses, e infectarem os seres humanos.

As amostras avaliadas incluem: biópsias de lesões ou tumores (incisionais ou excisionais); peças anatômicas ou cadáveres. A análise anatomopatológica se divide em duas etapas: avaliação macroscópica e microscópica. A avaliação macroscópica consiste na descrição de características da peça cirúrgica, tais como a coloração, diâmetro, forma, consistência e presença de cistos. Esta etapa inclui a clivagem, que é a seleção das áreas mais adequadas e representativas da lesão, que serão destinadas à avaliação microscópica.

O exame microscópico consiste na avaliação de lâminas histológicas, com auxílio de um microscópio óptico. Após a clivagem, o fragmento tecidual é processado: incluído em bloco de parafina, cortado e corado. A partir das lâminas geradas, é possível avaliar as células e os tecidos normais, bem como diferenciá-los dos alterados patologicamente.

SOROLOGIA DE RAIVA

Embarque de cães e gatos para União Européia

Os países que fazem parte da União Européia compreendem:

Alemanha, Áustria; Bélgica; Bulgária; Chipre; Croácia, Dinamarca; Eslováquia; Eslovênia; Espanha; Estônia; Finlândia; França; Grécia; Hungria; Irlanda; Itália; Letônia; Lituânia; Luxemburgo; Malta; Países Baixos; Polônia; Portugal; Romênia, Reino Unido, República Checa e Suécia

Serão necessários os seguintes documentos para embarque:

  • Atestado de Saúde com a declaração que o animal não apresenta sinais de doenças infectocontagiosas e parasitárias.
  • Comprovante de implantação (com data de aplicação) de microchip ou tatuagem para fins de identificação do animal. O microchip deve atender ao padrão ISO 11784 e ISO 11785.
  • Carteira de Vacinação.

É obrigatória a implantação do microchip antes ou no mesmo dia da vacinação antirrábica. Animais com mais de 12 semanas devem receber a vacina contra a raiva. Para animais com menos de 12 semanas de idade, que não receberam vacinação antirrábica, ou entre 12 e 16 semanas de idade e receberam vacinação antirrábica, mas ainda não decorreram 21 dias, pelo menos, desde a conclusão da vacinação primária, é necessária a autorização do órgão sanitário do país de destino para a circulação desses animais no seu território, e os animais devem estar acompanhados de uma declaração do dono ou da pessoa responsável pelo transporte, informando que, desde o nascimento até ao momento da circulação, os animais não estiveram em contato com animais selvagens de espécies sensíveis à raiva; ou pela mãe, de quem ainda dependem, e confirma-se que esta recebeu, antes do nascimento das crias, uma vacina antirrábica que cumpria os requisitos do Regulamento (UE) n.º 576/2013 do Parlamento Europeu.

  • Sorologia Antirrábica.

Precisa ser realizada com uma amostra de sangue colhida pelo menos 30 dias após a data de vacinação e no mínimo 3 (três) meses antes da data de emissão do CVI. O nível de anticorpos de neutralização do vírus da raiva no soro deve ser igual ou superior a 0,5 UI/ml. A sorologia não precisa de ser renovada no caso de animais que, tendo sido submetidos a esse teste com resultados satisfatórios, foram revacinados contra a raiva dentro do período de validade de uma vacinação anterior (apresentar histórico de vacinação). Deve ser anexada ao certificado uma cópia autenticada do laudo oficial do laboratório aprovado com os resultados do teste para detecção de anticorpos da raiva. É necessário aguardar 3 (três) meses entre a data da coleta do sangue e a emissão do CVI do animal.

Tratamento antiparasitário:

Cães que se destinam aos países constantes do anexo I do Regulamento Delegado (UE) nº 1152/2011 (FINLÂNDIA, IRLANDA, MALTA, e REINO UNIDO em 12/03/2015) devem receber tratamento contra Echinococcus multilocularis.

Esse tratamento deve:

– ser administrado por um veterinário dentro de um prazo não superior a 120 horas e não inferior a 24 horas antes da hora prevista de entrada dos cães num dos países listados no referido Regulamento;

– ser feito com um medicamento autorizado que contenha uma dose adequada de praziquantel ou de substâncias farmacologicamente ativas que, sozinhas ou combinadas, reduzam comprovadamente a carga das formas intestinais adultas e imaturas do parasita Echinococcus multilocularis na espécie canina.

Observações:

– O certificado é válido por 10 dias a contar da data de emissão pelo veterinário oficial do MAPA até à data de apresentação no ponto de entrada da União Europeia. No caso de transporte marítimo, o prazo de 10 dias é alargado por um período adicional correspondente à duração da viagem por mar.

 – Qualquer revacinação aplicada fora do prazo de validade será considerada como a primeira vacinação do animal

– Deve ser anexado ao certificado uma cópia autenticada da identificação e dos pormenores relativos à vacinação dos animais.

– A entrada em Portugal de cães de raças consideradas potencialmente perigosas e seus cruzamentos (Fila Brasileiro, Dogo Argentino, Pit bull terrier, Rottweiller, American Staffordshire terrier, Staffordshire bull terrier e Tosa inu) é permitida com a assinatura de um termo de responsabilidade no ponto de entrada. Caso a permanência destes animais em Portugal seja superior a 4 meses, os animais deverão ser esterilizados.

LABORATÓRIO DE ANÁLISES

Laboratório Clínico é a área de atuação do Médico Veterinário responsável pelo auxílio ao diagnóstico de doenças através da realização de exames de hemograma completo, bioquímica,  urinálise, parasitologia, microbiologia, hormônios,  biologia molecular, citologia, histopatologia, entre outros. 

O INPA possui um laboratório de análises clínicas completo e próprio, que funciona diariamente. Ele foi idealizado para garantir comodidade e acesso rápido para a realização dos exames e consulta de resultados. Otimização e embasamento ao nosso atendimento clinico, pré e pós operatório, Uti, e das várias especialidades por nós oferecidas.

Nossa equipe de laboratório clínico é composta exclusivamente por Médicos Veterinários especializados nas diversas áreas de atuação em laboratório como Patologia Clínica e Imuno-hematologia. 

A principal missão da equipe do laboratório é o atendimento personalizado ao paciente do INPA. Sendo assim, exames dermatológicos são feitos pelo especialista durante as consultas e a interação constante entre o patologista que realiza os demais exames e o clínico veterinário solicitante possibilita que este último, receba imediatamente  os resultados que precisa para o tratamento do seu paciente. 

Para isto, o laboratório INPA possui equipamentos modernos em novas instalações, excelente infraestrutura, e conta com parcerias com os principais centros de apoio diagnostico do país possibilitando a realização dos exames com excelência. A eficácia das análises feitas pelo INPA é fruto da utilização de tecnologia de ponta e de um corpo técnico altamente qualificado e especializado. 

As amostras são coletadas no INPA durante as consultas e/ou internações ou por ordem de chegada, diariamente, inclusive feriados, conforme os horários abaixo:

Hemograma e bioquímica: até 18h.

Resultados disponíveis para envio em até 48h.

Urinálise , microbiologia e parasitologia : até 14:30h. Resultados disponíveis para envio em 24h a uma semana (microbiologia).

MICROBIOLOGIA

  • Cultura e Antibiograma
  • Exame Direto para fungos
  • Cultura para Fungos Dermatófitos ou Sistêmicos
  • Tricograma
  • Citologia de Gram
  • Print para esporotricose

Hormonais mais frequentemente solicitados

-Hiperadrenocorticismo em cães (também chamada de síndrome de Cushing), é raro em gatos – Cortisol – teste de supressão por baixa dose de dexametasona (para diagnóstico). Cortisol – teste de estimulação pelo ACTH (para diagnóstico e para acompanhamento)

– Hipotireoidismo em cães – TSH, T4 TOTAL e T4 LIVRE PÓS DIÁLISE (para diagnóstico em cães), o TOTAL nos ajuda a diferenciar do eutireoidismo doente. T4 TOTAL BASAL E T4 TOTAL pós hormônio (para acompanhamento)

– Hipertireoidismo em gatos – T4 TOTAL (para diagnóstico e acompanhamento) em caso de dúvida solicitar o T4 LIVRE PÓS DIÁLISE, temos também a ultrassonografia para auxiliar no diagnóstico.

 Para demais exames ou dúvidas, pedimos que entrem em contato pelo telefone 3253 4405 ou email [email protected]